Yurij Castelfranchi é um sapo. Pior, um sapo azul. Anfíbio, da cor das saudades, não chega a ser brasileiro e já desistiu de ser um italiano. Nem de terra, nem de mar, nem de cidade nem de floresta, nem só de exatas nem apenas de humanas, ele é físico teórico há três décadas, jornalista de ciências e divulgador há duas, professor de sociologia há uma. Acredita que, na ciência, na vida e na política, os segredos sejam hacking, gambiarras, recombinações e coisas mistas e anfíbias: tenta estar em experiências e cursos transdisciplinares, nos interstícios e nas misturas entre corpos e ciências, artes e tecnologia. Especialista de nada, mas curioso de coisas diferentes, escreveu livros sobre transgênicos, inteligência artificial, história da Terra, Amazônia, e sobre a comunicação da ciência. Atua hoje na área dos STS (Science and Technology Studies), com pesquisas na sociologia e antropologia da C&T, na percepção pública da ciência, política dos algoritmos, sociologia dos robôs e ciência e tecnologia na mídia e nas artes. Atualmente coordena o Amerek e é docente do Departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich) da UFMG. Foi diretor da Diretoria de Divulgação Científica da Pró-Reitoria de Extensão da UFMG de 2018 a 2019.